A década do Maio de 68



A década de sessenta vê nascer, logo em 1960, o belíssimo DS 19 Cabriolet, conhecido como DS Chapron ou simplesmente DS Décapotable, que era um produto do carroçador Henri Chapron.

O Cabriolet era oferecido com uma caixa de 4 velocidades com embraiagem centrífuga.

Era possível fornecer em 13 cores de carroçaria, 11 combinações de interiores e acabamentos em cabedal.

Na realidade Henry Chapron já havia trabalhado em preparações baseadas em produtos Citroën como o Traction Cabriolet, desenhado para o Presidente da República Francesa e já em 1958 havia sido preparado o primeiro DS 19 Cabriolet que teve o nome de Croisette Cabriolet.

Para o efeito uma carroçaria de DS 19 era cortada nos pilares B e C, as portas eram dianteiras aumentadas e o painel traseiro soldado no local onde as portas traseiras fechavam. Os acabamentos eram mais requintados e contavam entre outros com mais frisos cromados, embaladeiras específicas, tampões de roda, e interiores personalizados.

De Septembro de 1960 ate 1974 são produzidos 1325 exemplares do Cabriolet portanto uma peça rara, valiosa e procurada hoje em dia.

Em 1962 o DS 19 sofre o primeiro facelift na sua carreira. No Salão de Outubro o DS apresenta uma nova carenagem frontal e novos pára-choques, o que permitia melhorar a aerodinâmica e por consequência a velocidade máxima que passa a ser de 160 km/h.


Em Septembro de 1954 surge o DS 19 Pallas que tinha um equipamento e acabamentos bastante superior aos precedentes DS 19 e que se distinguia sobretudo por os faróis adicionais ao lado dos tradicionais faróis redondos, algumas versões chegaram a ter umas grelhas cromadas de pseudo-ventilação nos guarda-lamas frontais que jocasamente eram chamadas de cendriers (cinzeiros)

1965 o Ano Oficial da criação da Mini-Saia e também o ano do lançamento do DS 21.

O bloco apresentava 4 cilindros em linha, 2175 cm3 e 109 cv com consumos a rondar os 9,8 aos 100 km, e a velocidade máxima anunciada era de 175 km/h, técnicamente era anunciada uma cambota de cinco contra-pesos. A transmissão era totalmente homocinética.

O quadrante apresenta pela primeira vez a indicação de distâncias de travagem em piso seco de modo a alertar o condutor de que á velocidade X o veículo necessita de Y metros para se imobilizar. Uma astúcia para alertar o condutor do perigo de acidente.

São fabricados 207 313 DS 21 de 1965 a 1972.

Em 1966 o óleo mineral espacial para o circuíto de suspensão passa a denominar-se LHM e substítui o LHS2 da década de cinquenta nos ID e DS dando mais longevidade ás peças e orgãos do circuíto.

Em 1967 o DS tem um restyling considerável mudando os guarda-lamas dianteiros, carenagem frontal, pára-choques, tablier, tampões de roda e surgem os famosos faróis direccionais que viravam em conjunto com o ângulo do volante permitindo uma iluminação ideal em curva.

Este dispositivo era de série nos Pallas, Prestige et Cabriolet e opcional nos DS 19 e 21.

No ano seguinte o DS 20 substitui o DS 19, apresentando uma imagem mais desportiva com motor 1 985 cm3, 103 cv às 6 000 tr/mn e velocidade máxima de 167 km/h.

O ID 20 substitui o ID 19 e apresenta o motor de 1985 cm3 com 103 cv e velocidade máxima de 165 km/h.

Em 1969 tudo se complica e mais mudanças de designação nos modelos aparecem.

Surge o primeiro veículo francês com injecção electrónica Bosh, o DS 21 com bloco 2175 cm3, 139 cv e 188 km/h de velocidade máxima, são produzidas 41.805 unidades de 1969 até 1972.


O ID 20 passa a D Super tendo 103 cv e o ID 19 da lugar ao D Special de 91 cv.

O tablier é totalmente redesenhado passando a ser em plástico com três manómetros redondos, sendo um deles o conta-rotações, o volante passa a ser numa espécie de espuma.



A década de setenta começa da melhor maneira para a Citroën com a apresentação do GS 1200, e o desenvolvimento do CX, o seu sucessor, o que deixa o DS em hibernação até 1973 ano em que o DS 23 substitui o DS 21.

Os DS 23 tinham duas motorizações. Uma com carburador duplo e 124 cv e outra a injecção 
electrónica com 130 cv.

O DS 23 é produzido em 48 464 unidades até Abril de 1975.

1975 Le Roi est mort ! Vive le Roi !

No Salão de Paris de 1975 é revelado o sucessor do DS, o CX 2000 com um motor de 102 cavalos e caixa de 4 velocidades.

O CX não era tão revolucionário como o DS foi em 1955 mas apresentava as mesmas soluções técnicas do DS e algumas particularidades como o limpa pára-brisas monobraço, o óculo traseiro concavo, a direcção DIRAVI de retorno automático e um tablier tipo nave espacial com um pequeno cinzeiro no topo da consola central semelhante a um capacete!

Curiosamente as ópticas direccionais foram abandonadas até 2006 ano em que o C5 oferece de novo este sistema.


Fontes:

http://www.caradisiac.com/php/voitur...troen_c_19.php

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