Renault 4GTL
A facilidade com a qual a 4 L acumula os quilómetros sobre todos os tipos de terreno faz às vezes esquecer o seu maior inimigo...a corrosão, que muitas vezes começa por ser invisível, e quando nos apercebemos da sua presença, os estragos já são normalmente importantes. A estrutura portadora sobre a qual é aparafusada a carroçaria, é formidável para reparar a oxidação, que frequentemente começa por atacar os pavimentos.
É necessário ter em especial atenção os "sous-tapis" (uma espécie de cartão alcatroado-plastificado, colocado sob os tapetes de borracha, colados originalmente sobre o pavimento), onde a humidade tem tendência a acumular-se, incluindo na mala. O que não impede que fora a 4L também possa ser atacada, nomeadamente a nível dos membros e travessas, e pior ainda, das ancoragens das barras de torção: o ponto mais fraco, que pode pôr em perigo a vida do automóvel. As asas traseiras são frequentemente uma preocupação para os proprietários de Renault 4L´s. O alçapão de ventilação, sob o pára-brisas é de grande permeabilidade e constitui também uma passagem ideal para a água. Convém, por conseguinte supervisionar a carroçaria ao redor, incluindo sob o quadro de controlo.
O motor é bastante robusto e um verdadeiro devorador de quilómetros, que facilmente atinge quilometragens elevadas, na ordem do 200mil km atingindo em algumas ocasiões 300mil, ou mais, quilómetros. Cuidado com o frasco do líquido refrigeração: se ficar com cor térrea, o circuito corre o risco de entupir, convém, então, esvaziá-lo completamente, enchê-lo de água e rolar assim alguns dias. Isto terá o efeito de limpar o circuito, antes da descarga definitiva, desta vez enchendo com líquido de boa qualidade.
Em 1991 existiam as versões TL, GTL e GTL 4x4, com tracção nas quatro rodas. Foi um carro bastante comum nos correios e nas empresas de entrega rápida, mas também podia ser encontrado frequentemente nos quartéis da polícia e dos bombeiros. A Renault 4L é um dos carros mais vendidos com mais de 8 milhões de viaturas matriculadas.
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