Empresa de Viação Eduardo Jorge, Lda.




                            Eduardo Jorge « O homem das camionetas para a porcalhota»



A mítica Empresa de Viação Eduardo Jorge Lda., importa referir que foi criada em 1888 com carroças movidas por Cavalos, a concorrência desigual com a recém criada Carris, alcunha a Empresa Eduardo Jorge de «Chora» justamente porque se andava sempre a queixar junto do poder político da empresa dos futuros carros elétricos. Em 1917 em fase da pujança do elétrico que tanto ajudou a denegrir junto meio comunicação da época, a Eduardo Jorge fecha portas pelo menos em Lisboa. Vai fixar-se em 1939 na Porcalhota – Atual Amadora – agora como empresa de camionagem.  Com serviço regular de autocarros entre freguesias de Amadora, Queluz, Algés, Queijas, Oeiras, Cacem etc. Deram-me a conhecer um episodio curioso com a camioneta que ia Queluz para Oeiras via Fabrica da Pólvora, quando subia a rampa/calçada para Leceia, os passageiros por vezes tinham de sair da mesma subir a pé para esta galgar a referida calçada esperando posteriormente pelos passageiros, isto ainda pleno anos 50. 


Operou com grande sucesso e reconhecimento até ao 25 Abril de 1974, altura em que foi nacionalizada, passando a concessão desta região Amadora- Oeiras, Sintra para mãos da recém criada Rodoviária Nacional. É engraçado que a edil camararia da Amadora criada em 11 Setembro de 1979 com a separação de Oeiras, apesar de orientação comunista, mantem e dá um topónimo de uma artéria da recém criada cidade da Amadora á Eduardo Jorge.                                           
A sua cor característica amarelo-torrado marcou estes arredores de Lisboa. Foi preciso passar umas décadas com a entrega concessão á firma Lisboa – Transportes, Vimeca para voltarmos a ter serviço de camionagem de qualidade. A Rodoviária Lisboa estagnou a qualidade  dos transporte passageiros.


                      
Os autocarros da Eduardo Jorge vão ser todos rebaptizados/renumerados para empresa estatal Rodoviária Nacional.


Este patrimonio Eduardo Jorge é marca indelivel ainda hoje, é tambem com saudade de não nos cruzamos com as cores da Rodoviaria Nacional, enfim ambas companhias fizeram o seu precurso, que chocou com 25 Abril 1974 com certeza, mas que  poderiam ter coexistido.


A 163 em Sete Rios estação terminal, o metro acabava ai não ia ainda ao Colegio Militar.

Empresa de Viação Eduardo Jorge, Lda.

À data da nacionalização operava:

94 carreiras

250 autocarros (10 dos quais de turismo)

Tinha 967,9 km concessionados, um nº médio de kms por carreira igual a 10,3.

Total de trabalhadores: 926 (303 motoristas, 73 de escritório, 189 de manutenção e 343 no movimento).


Eduardo Jorge era « O homem das camionetas para a porcalhota». Fundou a mítica Empresa de Viação Eduardo Jorge Lda, com carroças puxadas a cavalo, em 1888. Depois de perder a competição para a Carris, em Lisboa, dedicou-se sobretudo a transportar pessoas entre freguesias de Amadora, Queluz, Algés, Queijas, Oeiras e o Cacem, em 1939.

Tantas vezes, a empresa Eduardo Jorge se queixou da parcialidade dos governantes para com a Carris, que esta colocou-lhe a alcunha do "Chora".

Na imagem, o início da carreira que transportava os utentes da Praça dos Restauradores para a periferia da cidade.


EDUARDO JORGE - 2 Pisos - (1) 228O Eduardo Jorge teve 5 autocarros de 2 pisos.
Os autocarros 228, 229, 230, 231 e 232 foram entregues no fim de 1971 com intuito de entrarem ao serviço no dia 1 de Janeiro de 1972 na Carreira Queluz de Baixo - Sete Rios; as licenças de carreira destes veículos limitavam-nos às seguintes carreiras: ( 1 ) Queluz de Baixo - Sete Rios, ( 5 ) Queluz ( Palácio ) - Benfica, ( 13 ) Amadora - Belém, ( 28 ) Brandoa - Benfica, ( 43 ) Brandoa - Sete Rios; por vezes o autocarro 228 fazia a Carreira 13 ou a 28

A  Rodoviaria teve as suas virtudes, já falei nisso anteriormente  num texto dedicado á RN  fica  no entanto um apontamento  de algo que se fez de raiz na RN  os circuitos inter-regionais expresso com autocarro á epoca de topo. Com uma inovação no colorido as nuances de cinza, que espectaculo.

Era discutivel se  esta concessão era licita ou não, se os preços reflectiam ou não serviço prestado, o certo é que teve o merito  de se fixar em locais que outros desprezaram.  Na Amadora contribuiu para engradeçimento da localidade. Fica justo homenagem, muitos gostaram outros não, mas a Empresa de Viação Eduardo Jorge não deixou ninguem indiferente com certeza. Em relação aos titulos transportes eram tabelados pelo regulador estado digo Eu!! Á semelhança das autorizações pra autocarros 2 pisos  que só poderiam em algumas carreiras pressume-se que fosse igual aos titulos transportes.




Importa tambem referir que a Eduardo Jorge tambem ganhou concessão  dos eletricos de Sintra por compra da empresa   Sintra-Atlântico. Em Agosto de 1967,  sob a tutela desta nova Administração, o investimento nos eléctricos reduziu-se ao mínimo da sua sobrevivência, agudizando-se até ao final da sua concessão, pois, a exploração era, há muito, deficitária. A degradação das infra-estruturas e material circulante tornaram-se uma realidade, fruto do desinvestimento por parte da empresa concessionária. Ora o interesse aqui era claramente  aposta nas camionetas, teria sido aqui a vingança  do Eduardo Jorge fase ao Eletrico? Pelo que tinha passado  em Lisboa com a Carris?  





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