1925 Rolls Royce Phantom I Jonckheere Aerodinâmico Coupe
Este
carro é bem menos conhecido e tem uma história mais obscura e uma carroceria
muito, mas muito mais bonita. Toda a personalidade que falta a alguns
Rolls-Royces atuais este carro tem de sobra. Um desdém total por custo,
opinião, padrão e precedência. Este automóvel atingiu um patamar que o site
Jalopnik duvida ser alcançado novamente: o Rolls-Royce Phantom 1 Jonckheere
Coupe 1925. Neste carro é fácil traçar uma comparação com o modelo do herói
trágico de Aristóteles. As falhas não estão em suas características, mas em sua
história. Não é por não ser grandioso, mas por ter pequenas falhas, que este
carro nunca ganhará um Concourse d"Elegance.
Coisas gloriosas raramente ganham vida em um
estado tão perfeito, e o mesmo se aplica a este Phantom. O Phantom 1 1925 foi
originalmente construído e vendido como um Cabriolet Hooper para uma certa sra.
Hugh Dillman, de Detroit. Curiosamente, parece que o carro nunca deixou a
Inglaterra antes de trocar de mãos, e foi comprado pelo Raja de Nanpara. Foi a
esta altura que o Rolls conheceu seu verdadeiro destino nas mãos dos belgas da
Jonckheere Carrossiers. O carro recebeu uma nova carroceria, feita à mão de
maneira aerodinâmica. O trabalho rendeu vários prêmios, incluindo o primeiro
lugar no Le Prix de Cannes. Os detalhes deste carro são quilométricos, mas
vamos nos ater aos seus destaques.
O automóvel era equipado com um seis cilindros
de 7,66 litros e uma transmissão manual de quatro velocidades. A carroceria foi
toda feita a mão para incluir portas arredondadas, janelas em meia lua, dois
tetos solares e uma barbatana estabilizadora na traseira. Ainda assim, o
luxuoso automóvel era silencioso o bastante para manter uma conversa em seu
interior mesmo em altas velocidades, que facilmente passava dos 160 km/h.
Como todas as histórias semelhantes, a tragédia
mostra sua cara logo no começo da saga. O carro trocou de dono repetidamente
entre as décadas de 1940 e 1950. Foi parar nas mãos do norte-americano Max
Obie, já em um estado deplorável. Ele o cobriu com três quilos de ouro em pó e
o usou como atração sobre rodas; qualquer pessoa com um dólar poderia pagar
para se maravilhar com o modelo. Então ele se perdeu no tempo.
Em 1991, o carro saiu de sua hibernação
histórica em um leilão internacional de automóveis. O Phantom I Jonckheere
Coupe foi adquirido por um colecionador japonês e guardado para ver o tempo
passar novamente. É aqui que a história ao mesmo tempo diverge e segue o modelo
da tragédia. Ao invés de cair no acaso, o Museu Petersen convenceu o
colecionador a abrir mão do carro, que passou a fazer parte do acervo da
instituição. Ele logo foi restaurado à condição original e exibido no Concourse
D"Elegance de 2005, onde a tragédia final aconteceu.
Devido à falta de procedência/linhagem, o
destino (e o comitê julgador) não permitiu que ele recebesse o título de melhor
da categoria. O máximo que conseguiu foi o Lucius Beebe Trophy, dado ao melhor
Rolls do evento.
Com tudo isso, deixamos a escolha em suas mãos.
Será que ele é ainda mais nobre por ter passado pelas provações que o destino
lhe impôs, ou merece voltar ao ostracismo?
enviado por Richard Owen
motor de ferro fundido Straight-6
posição frontal longitudinal
aspiração natural
valvetrain OHV, 2 válvulas por cilindro
Carburador Rolls Royce de alimentação de combustível
deslocamento 7668 cc / 467,9 in³
potência 80,5 kw / 108 bhp @ 2300 rpm
saída específica de 14,08 bhp por litro
corpo / estrutura Estrutura de aço
Freios dianteiros Tambores
f tamanho do freio mm / in
Freios traseiros Tambores
r freio tamanho mm / in
f Eixo sólido de suspensão com molas de folha semielíptica, amortecedores de fricção
r suspensão eixo dinâmico com molas, amortecedores de fricção
distância entre eixos 3283 mm / 129,3 pol.
trilho frontal 1461 mm / 57,5 pol.
trilha traseira 1461 mm / 57,5 pol.
transmissão manual de 4 velocidades
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