BUGGYS
Os buggys de praia foram um estilo de automóvel muito em voga durante os anos 60, 70 e até aos anos 80. Na sua maioria, tinham por base o Volkswagen Carocha, devido à sua leveza, manutenção fácil e o motor colocado na traseira, possibilitando assim, um desenho mais baixo da frente.
Mas, nem todos têm a base do Volkswagen,
existindo, ainda que em menor quantidade, outros fabricantes que pegaram noutra
base para desenvolver um buggy, como é o caso do Stimson Mini Bug, que tem a base de um
Mini, utilizando a sua mecânica e tracção frontal. Apesar da própria marca ter
desenvolvido algo semelhante, o Mini Moke, o Stimson Mini Bug vai mais ao
encontro dos buggys produzido com base no Carocha. Tudo começou com uma
Mini Van danificada, que ao final de uma semana estava transformada num buggy.
O Stimson Mini Bug foi desenhado e produzido por
Barry Stimson, fundando a Designs Developements. A primeira versão, designada
de MK1, foi produzido de 1970 a 1971, em cerca de 20 exemplares, distribuídos
por dois representantes, seis foram vendidos na Custom And Hottrodding Centre e
doze na Surrey Racing Cars. Estes primeiros exemplares tinham um capot de
abertura normal e arestas mais agressivas na carroçaria. Quando Barry voltou de
França, os seus representantes deram a ideia de aperfeiçoar o Mini Bug, com uma
nova moldura do para-brisas e uma capota para proteger do tempo.
No International Racing Car Show foi apresentado
um novo Mini Bug, mas este não era um MK2 mas sim um MK1 1/2, pois era um MK1
melhorado, com a adição de uma frente completamente removível, uma barra
central com vidro traseiro em acrílico, para-brisas laminado com armação em
metal e para-choques em tubo de aço. Somente três exemplares do MK1 ½ foram
produzidos.
Seguiu-se então o MK2, produzido até 1973 em cerca
de 160 exemplares. Os MK2 tinham painéis da frente, traseiro e lateral em fibra
de vidro, assim como a armação do para-brisas, estando disponíveis em quatro
cores, Pirate Red, Golden Yellow, Light Blue e White. No Verão de 1971, a
empresa passar a ser Barrian Cars, com a introdução no negócio de Ian Smith,
existindo mais dois representantes, a Jem Cars e a Runamoke. Foram ainda
exportados doze exemplares para a Holanda, assim como dois para África do Sul e
um para a Suíça, para ficar em exposição num restaurante em Zurique. A própria
British Leyland ficou com um para estudo, mas decidiu não avançar com a sua
produção.
Por fim, a versão mais radical, desenvolvido para
a competição, com base no MK2, a CS+1, foi produzida em 1971 e 1972. Somente
quatro foram produzidos. Estes tinham um habitáculo mais largo e chassis
triangulado para aumentar a rigidez.
Em 1973, Barry deixou o projecto, para voltar em
1974, com a ideia de iniciar novamente a produção do CS+1. Com base no
protótipo do CS+1, Barry iniciou os trabalhos de melhoramento na garagem de sua
casa. Fundou a Nouveau Developments, para vender a nova versão, a CS+2 ou
CS+II, mas somente dois foram produzidos. Em Setembro de 1977, o projecto do
Mini Bug CS+2 foi vendido à Mini Motors Rochdale, onde implementaram uma
rollcage de quatro pontos e venderam cerca de 25 exemplares.
Em 1979, o projecto foi de novo vendido, desta vez
à Sarronset, que o alteraram para uma carroçaria de uma peça única e capot de
abertura idêntica à utilizada nos MK1. A Sarronset produziu ainda uma versão
eléctrica. A produção terminaria, por fim, em 1985, não se sabendo os reais
números de exemplares produzidos pela Sarronset. Os moldes foram posteriormente
vendidos a outras empresas que queriam voltar à produção, mas tal não aconteceu,
até que foram comprados, através do eBay, por um proprietário do Mini Bug.
Chegou ainda a ser produzido um exemplar com seis rodas, designado de Midi-Bug,
mas ficou como protótipo.
Estes pequenos números de produção fazem com que o
Stimson Mini Bug seja extremamente raro, mesmo na época.
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