O Renascer do Escaravelho do Deserto
Terminava o ano de 1922 e não havia internet , não se sabia o que era um sistema de navegação ou GPS, nem se ouvira falar do Google Maps (pudera, este só apareceria quase um século depois, em 2015), as cartas e mapas de navegação eram pouco ou nada detalhados, nomeadamente para um deserto, e as próprias mecânicas estavam no seu estado mais puro, entre peças e engrenagens quase em bruto, operando com lubrificantes básicos, não havendo electrónicas nem óleos ou combustíveis sintéticos! E – maravilhem-se as hostes!!! – as coisas faziam-se, mesmo as mais mirabolantes como a quase insignificante travessia do Deserto do Sahara, de norte para sul, cobrindo-se perto de 3.200 km. O feito foi alcançado numa decerto louca e atribulada viagem de 21 dias (de 17 de Dezembro de 1922 a 7 de Janeiro do ano seguinte) por uma caravana de cinco viaturas, num misto de automóveis da época dotados de rodas à frente e de lagartas atrás, a que se apelidaram de autochenilles , com nomes perfeitame