Dornier Do X
Em Altenrhein no Lago de Constança em Agosto de 1930
O Dornier Do
X, em língua alemã também referido como "Flugschiff" ("Barco
Voador") foi um hidroavião alemão. Foi o maior, mais pesado e poderoso de
seu tipo fabricado, tendo sido produzidas apenas 3 unidades
Modelo do Do X. |
Foi
concebido pelo projetista alemão Claudius Dornier, que já havia projetado o
bem-sucedido Dornier J Wal. Principiado no início da década de 1920, o primeiro
exemplar foi concluído em meados de 1929, tendo realizado o primeiro voo em 12
de julho, com sucesso.
A sua
fabricação foi financiada pelo governo alemão. Para contornar as imposições do
Tratado de Versalhes (1919) que proibia a Alemanha de fabricar aeronaves, foi
fabricado no lago de Constança na Suíça.
Esteve nos
Açores, onde amerissou na baía da Horta (1929) e no Brasil (1931), país que
visitou numa estratégia de propaganda do fabricante.
Embora
popular com o público, a falta de interesse comercial, o grande consumo de
combustível, algumas deficiências no projeto e uma série de acidentes não
fatais, levaram à descontinuidade da produção.
Das três
unidades produzidas, duas (X2 e X3) foram vendidos para a Itália, onde foram
batizados como "Umberto Maddalena" (X2) e "Alessandro
Guidoni" (X3). Nesse país tiveram uso militar pela Regia Aeronautica e,
mais tarde, cogitou-se a possibilidade de a "Societá Anonima Navigazione
Aerea" (SANA) utilizá-los para o transporte de passageiros. Não se conhece
ao certo qual o destino final destas aeronaves.
O X1
(D-1929), que permaneceu na Alemanha, foi colocado em exposição no Deutsches
Technikmuseum em Berlim.
Em 1943,
durante os bombardeios aéreos aliados a Berlim, no contexto da Segunda Guerra
Mundial, este museu foi atingido, perdendo-se este exemplar.
Do X - no lago Müggelsee (Berlim Alemanha) maio 1932 |
Características
A aeronave
tinha 41 metros de comprimento por 48 metros de envergadura e 10 metros de
altura. Possuía doze motores radiais Bristol Jupiter, fabricados sob licença
pela Siemens, com 524 HP cada um, montados em tandem em seis naceles duplas,
tendo, assim, seis hélices tratoras e seis hélices impulsoras. A fuselagem era
em duralumínio, e as asas, com uma superfície de 450 metros quadrados, possuíam
estrutura em alumínio e aço, revestidas em tela pintada em cor alumínio. O peso
máximo de descolagem era de 56 toneladas, e a velocidade de cruzeiro era de 109
MPH.
Tinha
capacidade para 66 passageiros com todo o conforto, em voos transoceânicos, ou
até 100, em distâncias mais curtas.
Tendo os
primeiros voos demonstrado que os motores Jupiter, refrigerados a ar, tendiam a
superaquecer e não conseguiam erguer a aeronave além de 1.400 pés em velocidade
de cruzeiro, altitude insuficiente para realizar voos através do oceano
Atlântico, a partir de 1930, a Dornier substituiu-os por 12 motores americanos
"Curtiss Conqueror", de 12 cilindros em "V" e refrigerados
a líquido, eliminando assim os problemas de superaquecimento. Com 610 HP cada
um, esses motores podiam fazer o avião alçar-se a 1650 pés, suficiente para
cruzar o Atlântico com segurança
Dornier Três vistas |
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