O mundo alucinante dos controladores aéreos
São poucos, ganham bem e vivem sob pressão. Ser controlador de tráfego aéreo é uma profissão exigente, num mundo que gira cada vez mais ao ritmo dos aviões. Foi preciso um vulcão para que a opinião pública tomasse súbita consciência da dimensão do trabalho dos homens e mulheres que mandam no céu. Quando era miúda, Filipa corria para a janela do seu quarto, na Avenida de Roma, em Lisboa, sempre que ouvia um avião a fazer-se à pista do aeroporto. "Largava tudo e ia a correr, nem percebia bem porquê", recorda. Hoje, são os aviões que vêm ter com ela: Filipa é controladora de tráfego aéreo e trabalha na torre da Portela. Ela é uma das cerca de 400 pessoas que gerem o movimento dos aviões nos céus de Portugal. É uma classe bem paga e com um horário de trabalho simpático. Mas alguém se sente capaz de fazer o que eles fazem? O espaço aéreo português é enorme. Está dividido em duas grandes áreas, cada uma a cargo de um centro de controlo de tráfego aéreo. O de Lisboa g