História da Aviação Portuguesa
A história da aviação em Portugal teve um grande impacto e importância para o desenvolvimento da aviação mundial.
A primeira referência na historia da aviação sucedeu no dia 20 de Junho de 1540, onde o sapateiro João Torto saltou da torre da cede de Viseu com um engenho construído por si numa tentativa falhada para alcançar o céu.
Em 1709, o padre português, Bartolomeu de Gusmão apresentou em Lisboa um evento revolucionário ao rei D. João V onde fez um pequeno balão de ar quente elevar-se no ar. Bartolomeu de Gusmão foi então o inventor do aeróstato, tendo aberto assim as portas à aerostação e à aviação.
O primeiro aeronauta português foi Abreu de Oliveira onde no dia 17 de Maio de 1884 elevou-se num balão a gás na tapada da Ajuda acabando por cair no rio Tejo perto do Cais do Sodré. Apesar de ter sido um voo curto e mal acabado confere a Abreu de Oliveira ter sido o primeiro português a realizar uma ascensão em aeróstato.
Cipriano Pereira Jardim foi o inventor do balão dirigível, tendo assim construído um dirigível com fins militares (a hidrogénio com propulsão de um motor eléctrico), no final do século XIX.
Os primeiros anos da segunda década do século XX foram violentos, mas simultaneamente os anos da afirmação do avião como máquina de valor militar e civil.
No ano de 1909, foi realizado o primeiro voo de um aeroplano em solo nacional. Em 17 de Outubro um aviador francês realizou o primeiro voo de um avião tripulado e propulsionado a motor no espaço aéreo português tendo-se despenhado num telhado de uma moradia.
Óscar Blank recebeu a licença de piloto aviador no dia 12 de Julho de 1909, tendo sido o primeiro piloto civil português e um dos primeiros em todo o mundo.
Em 11 de Dezembro de 1909 é fundado Aero-Club de Portugal, com o objectivo de divulgar a aeronáutica.
O primeiro “voo” digno desse nome realizado em Portugal teve lugar no dia 27 de Abril de 1911, onde um piloto francês pilotou o seu avião a 50 metros de altura, perto da Torre de Belém.
O primeiro voo, realizado por um piloto português, acontece a 1 de Setembro de 1912 no Mouchão da Póvoa de St. Iria, efectuado por Alberto Sanches de Castro, pilotando um avião “Voisin Antoinette”.
Em 14 de Maio de 1914 foi publicada a lei que instituía a primeira escola de aviação militar a instalar em Vila Nova da Rainha, tendo sido inaugurada a 1 de Agosto de 1916. Do primeiro curso efectuado nesta escola saíram pilotos como Sarmento de Beires ou Pinheiro Correia, que irão protagonizar nos anos seguintes alguns dos feitos mais heróicos da história da Aviação.
Na primeira guerra mundial, Portugal enviou alguns pilotos para a França e para as Colónias. O piloto Óscar Monteiro Torres é integrado na famosa “esquadrilha das cegonhas”, onde acabou por falecer no dia 9 de Novembro de 1917, tendo sido o primeiro piloto português abatido num episódio de luta aérea.
O alferes aviador Jorge de Sousa Gorgulho foi destacado para ir para Moçambique na altura da primeira guerra mundial tendo sido a 7 de Setembro de 1917 o primeiro piloto português a voar em África onde no dia seguinte acaba por morrer, sendo o primeiro piloto português a ter um acidente de avião.
Durante 1919, instala-se na Amadora, nos terrenos da actual Academia Militar, o Grupo de Esquadrilhas de Aviação da República (GEAR), sede de pioneirismo e desenvolvimento tecnológico aeronáutico e de onde partiram algumas das mais importantes viagens da Aviação Militar em Portugal. O GEAR é a primeira unidade operacional de aviação militar em Portugal, integrando esquadrilhas de combate (caças), de bombardeamento e de observação.
A escola de Vila Nova da Rainha muda-se definitivamente em 1920 para a Granja do Marquês, no concelho de Sintra, constituindo o núcleo inicial da Base Aérea N. 1, a Base Primeira da Força Aérea Portuguesa.
Em 1920, Sarmento de Beires e Brito Pais, pilotos da Aeronáutica Militar, iniciam sem êxito os Raides Aéreos Portugueses, na sua tentativa de travessia aérea – Lisboa ao Funchal.
Em 1922, Sacadura Cabral e Gago Coutinho realizam aquele que viria ser a mais importante Feito da Aviação Portuguesa: a Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul. A viagem foi uma aventura plena de peripécias. Apesar do primeiro avião utilizado, um Fairey III-D, o “Lusitânia”, não ser o da chegada, um outro Fairey, baptizado de “Santa Cruz”, a viagem foi um tremendo êxito, nomeadamente pela precisão da navegação aérea demonstrada. Gago Coutinho utiliza um sextante de marinha a que tinha sido adaptado um horizonte artificial de sua concepção, e que representou um passo inovador senão mesmo revolucionário para a época.
Em 1924 Sarmento de Beires realiza, juntamente com Brito Pais e Manuel Gouveia, o Raide Aéreo a Macau, a bordo de um bi-plano 16 Bn2, baptizado o “Pátria” e, posteriormente, após destruição do primeiro avião na Índia, voando um DH9, o “Pátria II”.
Três anos depois, em 1927, o mesmo Sarmento de Beires, a bordo do hidroavião Dornier Wal, o “Argos”, na companhia de Jorge Castilho e Manuel Gouveia cumpre com sucesso a Travessia Nocturna do Atlântico Sul. Esta travessia efectuada de noite, com ajudas de navegação rudimentares, é talvez um dos mais extraordinários Feitos da Aviação em Portugal.
Levando nas suas asas a mesma Cruz de Cristo que os navegadores das caravelas e naus quinhentistas desenharam nas suas velas, imbuídos do espírito de voar mais longe e por espaços nunca antes voados, os pilotos Portugueses foram verdadeiros pioneiros, profissionalmente muito capazes e acima de tudo corajosos e bravos.
Nos finais dos anos 30 a aviação comercial começou a desenvolver-se e estabeleceram-se as primeiras carreiras regulares entre Lisboa e Porto pela companhia de transportes aéreos. Em 1945, foi criada uma transportadora aérea nacional para ligar a Europa às províncias ultra marinas. Foi assim que nasceram os transportes aéreos portugueses, hoje TAP Air Portugal que logo no inicio estabeleceram a ligação entre Guiné, Angola e Moçambique através da linha aérea imperial que na altura era a mais extensa do mundo.
No inicio da segunda grande guerra, a não participação directa de Portugal não impediu a preparação das suas forças armadas. Desta forma e com o apoio dos aliados, Portugal reforça o seu poder aéreo com um apreciável número de aeronaves modernas.
Em 1 de Julho de 1952, as aviações do Exército (Aeronáutica Militar) e da Marinha (Aviação Naval) foram fundidas num ramo independente denominado Força Aérea Portuguesa.
Em 1954 formou-se na BA2 a patrulha acrobática “dragões” com os recem chegados F84G e em 1958 foi criada a patrulha “são Jorge”.
Em 1956 é criado o batalhão de caçadores pára-quedistas onde é aquartelado em Tancos.
No inicio da guerra do ultramar, o batalhão de caçadores pára-quedistas envia companhias de primeira para Angola e depois para a Guiné e Moçambique.
Em 1959 é criado um corpo de enfermeiras pára-quedistas, integrado na Força Aérea o que foi uma aposta bem sucedida pois conseguiram salvar a vida de muitos militares na guerra do ultramar (que teve inicio em 1961).
Em 1961 (guerra do ultramar), Portugal conseguiu dar uma resposta eficaz aos primeiros ataques inimigos devido ao bom equipamento aéreo existente. Quando em Março, tiveram lugar no norte de Angola as primeiras operações inimigas, a força aérea portuguesa rapidamente reagiu dando o apoio aéreo às tropas terrestres.
Em 1963 o conflito estende-se à Guiné e no ano seguinte a Moçambique o que faz com que a Força aérea portuguesa seja obrigada a alargar o seu dispositivo construindo uma rede de aeródromos base de manobra e de recurso. Este conflito terminou em 1974 onde a força aérea portuguesa se acaba por retirar.
Após a guerra do ultramar que foi uma das épocas onde mais se utilizou o equipamento aéreo da (Força Aérea Portuguesa) já não existe uma grande história, para além da evolução do equipamento e do performance das aeronaves.
Fonte: aeronauticaap
A primeira referência na historia da aviação sucedeu no dia 20 de Junho de 1540, onde o sapateiro João Torto saltou da torre da cede de Viseu com um engenho construído por si numa tentativa falhada para alcançar o céu.
Em 1709, o padre português, Bartolomeu de Gusmão apresentou em Lisboa um evento revolucionário ao rei D. João V onde fez um pequeno balão de ar quente elevar-se no ar. Bartolomeu de Gusmão foi então o inventor do aeróstato, tendo aberto assim as portas à aerostação e à aviação.
O primeiro aeronauta português foi Abreu de Oliveira onde no dia 17 de Maio de 1884 elevou-se num balão a gás na tapada da Ajuda acabando por cair no rio Tejo perto do Cais do Sodré. Apesar de ter sido um voo curto e mal acabado confere a Abreu de Oliveira ter sido o primeiro português a realizar uma ascensão em aeróstato.
Cipriano Pereira Jardim foi o inventor do balão dirigível, tendo assim construído um dirigível com fins militares (a hidrogénio com propulsão de um motor eléctrico), no final do século XIX.
Os primeiros anos da segunda década do século XX foram violentos, mas simultaneamente os anos da afirmação do avião como máquina de valor militar e civil.
No ano de 1909, foi realizado o primeiro voo de um aeroplano em solo nacional. Em 17 de Outubro um aviador francês realizou o primeiro voo de um avião tripulado e propulsionado a motor no espaço aéreo português tendo-se despenhado num telhado de uma moradia.
Óscar Blank recebeu a licença de piloto aviador no dia 12 de Julho de 1909, tendo sido o primeiro piloto civil português e um dos primeiros em todo o mundo.
Em 11 de Dezembro de 1909 é fundado Aero-Club de Portugal, com o objectivo de divulgar a aeronáutica.
O primeiro “voo” digno desse nome realizado em Portugal teve lugar no dia 27 de Abril de 1911, onde um piloto francês pilotou o seu avião a 50 metros de altura, perto da Torre de Belém.
O primeiro voo, realizado por um piloto português, acontece a 1 de Setembro de 1912 no Mouchão da Póvoa de St. Iria, efectuado por Alberto Sanches de Castro, pilotando um avião “Voisin Antoinette”.
Em 14 de Maio de 1914 foi publicada a lei que instituía a primeira escola de aviação militar a instalar em Vila Nova da Rainha, tendo sido inaugurada a 1 de Agosto de 1916. Do primeiro curso efectuado nesta escola saíram pilotos como Sarmento de Beires ou Pinheiro Correia, que irão protagonizar nos anos seguintes alguns dos feitos mais heróicos da história da Aviação.
Na primeira guerra mundial, Portugal enviou alguns pilotos para a França e para as Colónias. O piloto Óscar Monteiro Torres é integrado na famosa “esquadrilha das cegonhas”, onde acabou por falecer no dia 9 de Novembro de 1917, tendo sido o primeiro piloto português abatido num episódio de luta aérea.
O alferes aviador Jorge de Sousa Gorgulho foi destacado para ir para Moçambique na altura da primeira guerra mundial tendo sido a 7 de Setembro de 1917 o primeiro piloto português a voar em África onde no dia seguinte acaba por morrer, sendo o primeiro piloto português a ter um acidente de avião.
Durante 1919, instala-se na Amadora, nos terrenos da actual Academia Militar, o Grupo de Esquadrilhas de Aviação da República (GEAR), sede de pioneirismo e desenvolvimento tecnológico aeronáutico e de onde partiram algumas das mais importantes viagens da Aviação Militar em Portugal. O GEAR é a primeira unidade operacional de aviação militar em Portugal, integrando esquadrilhas de combate (caças), de bombardeamento e de observação.
A escola de Vila Nova da Rainha muda-se definitivamente em 1920 para a Granja do Marquês, no concelho de Sintra, constituindo o núcleo inicial da Base Aérea N. 1, a Base Primeira da Força Aérea Portuguesa.
Em 1920, Sarmento de Beires e Brito Pais, pilotos da Aeronáutica Militar, iniciam sem êxito os Raides Aéreos Portugueses, na sua tentativa de travessia aérea – Lisboa ao Funchal.
Em 1922, Sacadura Cabral e Gago Coutinho realizam aquele que viria ser a mais importante Feito da Aviação Portuguesa: a Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul. A viagem foi uma aventura plena de peripécias. Apesar do primeiro avião utilizado, um Fairey III-D, o “Lusitânia”, não ser o da chegada, um outro Fairey, baptizado de “Santa Cruz”, a viagem foi um tremendo êxito, nomeadamente pela precisão da navegação aérea demonstrada. Gago Coutinho utiliza um sextante de marinha a que tinha sido adaptado um horizonte artificial de sua concepção, e que representou um passo inovador senão mesmo revolucionário para a época.
Em 1924 Sarmento de Beires realiza, juntamente com Brito Pais e Manuel Gouveia, o Raide Aéreo a Macau, a bordo de um bi-plano 16 Bn2, baptizado o “Pátria” e, posteriormente, após destruição do primeiro avião na Índia, voando um DH9, o “Pátria II”.
Três anos depois, em 1927, o mesmo Sarmento de Beires, a bordo do hidroavião Dornier Wal, o “Argos”, na companhia de Jorge Castilho e Manuel Gouveia cumpre com sucesso a Travessia Nocturna do Atlântico Sul. Esta travessia efectuada de noite, com ajudas de navegação rudimentares, é talvez um dos mais extraordinários Feitos da Aviação em Portugal.
Levando nas suas asas a mesma Cruz de Cristo que os navegadores das caravelas e naus quinhentistas desenharam nas suas velas, imbuídos do espírito de voar mais longe e por espaços nunca antes voados, os pilotos Portugueses foram verdadeiros pioneiros, profissionalmente muito capazes e acima de tudo corajosos e bravos.
Nos finais dos anos 30 a aviação comercial começou a desenvolver-se e estabeleceram-se as primeiras carreiras regulares entre Lisboa e Porto pela companhia de transportes aéreos. Em 1945, foi criada uma transportadora aérea nacional para ligar a Europa às províncias ultra marinas. Foi assim que nasceram os transportes aéreos portugueses, hoje TAP Air Portugal que logo no inicio estabeleceram a ligação entre Guiné, Angola e Moçambique através da linha aérea imperial que na altura era a mais extensa do mundo.
No inicio da segunda grande guerra, a não participação directa de Portugal não impediu a preparação das suas forças armadas. Desta forma e com o apoio dos aliados, Portugal reforça o seu poder aéreo com um apreciável número de aeronaves modernas.
Em 1 de Julho de 1952, as aviações do Exército (Aeronáutica Militar) e da Marinha (Aviação Naval) foram fundidas num ramo independente denominado Força Aérea Portuguesa.
Em 1954 formou-se na BA2 a patrulha acrobática “dragões” com os recem chegados F84G e em 1958 foi criada a patrulha “são Jorge”.
Em 1956 é criado o batalhão de caçadores pára-quedistas onde é aquartelado em Tancos.
No inicio da guerra do ultramar, o batalhão de caçadores pára-quedistas envia companhias de primeira para Angola e depois para a Guiné e Moçambique.
Em 1959 é criado um corpo de enfermeiras pára-quedistas, integrado na Força Aérea o que foi uma aposta bem sucedida pois conseguiram salvar a vida de muitos militares na guerra do ultramar (que teve inicio em 1961).
Em 1961 (guerra do ultramar), Portugal conseguiu dar uma resposta eficaz aos primeiros ataques inimigos devido ao bom equipamento aéreo existente. Quando em Março, tiveram lugar no norte de Angola as primeiras operações inimigas, a força aérea portuguesa rapidamente reagiu dando o apoio aéreo às tropas terrestres.
Em 1963 o conflito estende-se à Guiné e no ano seguinte a Moçambique o que faz com que a Força aérea portuguesa seja obrigada a alargar o seu dispositivo construindo uma rede de aeródromos base de manobra e de recurso. Este conflito terminou em 1974 onde a força aérea portuguesa se acaba por retirar.
Após a guerra do ultramar que foi uma das épocas onde mais se utilizou o equipamento aéreo da (Força Aérea Portuguesa) já não existe uma grande história, para além da evolução do equipamento e do performance das aeronaves.
Fonte: aeronauticaap
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