Dornier Do X


 

O Dornier Do X, em alemão também conhecido como "Flugschiff" ("Navio Voador") foi um hidroavião alemão. Foi o maior, mais pesado e mais potente de seu tipo fabricado, apenas 3 unidades foram produzidas.

História

Foi concebido pelo designer alemão Claudius Dornier, que havia desenhado ou sucedido Dornier J Wal. A partir do início da década de 1920, a primeira cópia foi concluída em meados de 1929 e foi feita pela primeira vez em 12 de julho, com sucesso.

Sua fabricação foi financiada pelo governo alemão. Para contornar as imposições do Tratado de Versalhes (1919) que proibia a Alemanha de fabricar aeronaves, ele foi fabricado no Lago de Constança, na Suíça.

Esteve nos Açores, onde amerissou na baía da Horta (1929) e no Brasil (1931), país visitado por uma estratégia de propaganda do fabricante.

Embora popular entre o público, na ausência de interesse comercial, ou grande consumo de combustível, algumas deficiências no projeto e uma série de acidentes não são fatais, levando à descontinuidade da produção.

Das três unidades produzidas, duas (X2 e X3) foram vendidas para a Itália, onde foram batizadas de "Umberto Maddalena" (X2) e "Alessandro Guidoni" (X3). Este país teve uso militar pela Regia Aeronautica e, posteriormente, aproveitou a possibilidade da "Societá Anonima Navigazione Aerea" (SANA) utilizá-los para o transporte de passageiros. O destino final dessas aeronaves não é conhecido com certeza.[2]

O X1 (D-1929), que permanece na Alemanha, foi exposto no Deutsches Technikmuseum em Berlim.

Em 1943, durante as incursões aéreas aliadas a Berlim, no contexto da Segunda Guerra Mundial, este museu foi atingido, perdendo-se este exemplar.



Caracteristicas

A aeronave tem 41 metros de compressão por 48 metros de envergadura e 10 metros de altura. Possuía doze motores radiais Bristol Jupiter, fabricados sob licença da Siemens, com 524 HP cada, montados em tandem sobre seis naceles duplas, tendo, asim, seis hélices de tração e seis hélices motrizes. A fuselagem era em duralumínio, e os puxadores, com superfície de 450 metros quadrados, tinham estruturas de alumínio e aço, revestidas em tecido de alumínio pintado. O peso máximo de descarga era de 56 toneladas e a velocidade de cruzeiro era de 109 MPH.

Tem capacidade para 66 passageiros com total ou conforto, em voos transoceânicos, ou até 100, em distâncias mais curtas.

Os primeiros voos demonstraram que os motores Júpiter refrigerados a ar tendiam a superaquecer e eram incapazes de erguer a aeronave acima de 1.400 pesos em velocidade de cruzeiro, altitude insuficiente para efetuar voos de travessia do Oceano Atlântico, a partir de 1930, substituindo o Dornier - utilizado por 12" Motores americanos Curtiss Conqueror", com 12 cilindros em "V" e refrigeração líquida, eliminando assim problemas de superaquecimento. Com 610 HP cada, esses motores poderiam fazer o avião levantar até 1.650 pés, o suficiente para cruzar o Atlântico com segurança.

















Navio Voador com 12 motores, sobrevoou o Rio em 1931.



Flagrante obtido durante a escala no Rio de Janeiro do histórico vôo experimental alemão por 45.000 quilômetros da África às Américas do Sul e do Norte, em 1931. Fabricado pela Dornier alemã, o protótipo DO-X era o maior avião do mundo e jamais entrou em operação comercial, apesar de ter sido testado pela Lufthansa. Tinha três andares com cabine-dormitório, sala de estar, biblioteca, restaurante e bar. Um navio voador de luxo, com tapetes persas, sofás de couro e porcelana fina. O avião parece ter "apenas" seis motores porque as héliçes são duplas, isto é, para cada um que você vê acima da asa, tem outro na parte de trás. Não creio que tenha existido outro avião com tantos propulsores. A tripulação era de 14 pessoas e a lotação, de 70 passageiros. Sua velocidade de cruzeiro era de 175 km/h, autonomia de 2.300 km e levava 23 mil litros de combustível. Media 40 metros de comprimento e 10 m de largura. Como o projeto não teve prosseguimento comercial, este famoso DO-X 1929 foi desativado em 1934 e levado para o Museu da Aviação em Berlin, onde terminou destruído num bombardeio durante a 2ª Guerra Mundial, em 1945.





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