O SADO 550
O SADO 550 foi o primeiro automóvel de fabrico e concepção portuguesa produzido em série. A sua base foi uma proposta da empresa Farrel, de Águeda, depois adoptada pelo Entreposto, no seguimento da crise petrolífera dos anos 70, de produzir um pequeno automóvel citadino, económico e com baixos custos de manutenção. Chamado “Projecto Ximba” e liderado pelo Entreposto, teve duas fases. A primeira, entre 1975 e 1978, definiu as bases do produto. Na segunda, entre 1979 e 1982, fabricou-se, testou-se, desenvolveu-se e colocou-se em produção o resultado final. Este era uma pequena viatura compacta, com quatro pequenas rodas, com um motor dianteiro de 2 cilindros. Utilizou quase 70% de incorporação nacional, incluindo matéria primeira e mão-de-obra, numa altura em que as leis exigiam apenas 22% com percentagem mínima. Como iam longe os tempos das proibições salazaristas dos anos 50! Desenhado por Carlos Galamba, que já tinha criado o UMM, tinha dois lugares e utilizava um motor Daihatsu, de 547 cc, uma escolha feita depois de vários testes com motores de produção nacional não terem dado bons resultados, em questões como a fiabilidade. Vendido por 262.125 escudos (cerca de1.307 euros, sem contar com o coeficiente de desvalorização monetária), foram produzidos e comercializas 500 unidades, das quais apenas cerca de uma dezena estão hoje localizadas. Na altura, os primeiros 50 exemplares disponibilizados pelo Entreposto esgotaram num ápice, gerando-se enormes listas de espera pelas restantes viaturas, naquele que foi um grande, embora efémero, sucesso da indústria nacional de automóveis.
CARACTERÍSTICAS: 28 cv; 2 cil.; 547 cc; 4 vel. +
MA; 480 kg; 80 – 110 km/h
Comentários
Postar um comentário